quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Partilha 46 – Bem-Aventuradas sois vós…IV

A minha filha mais nova, Sara de um ano, tem sempre fome, mesmo quando acaba de almoçar ela não pode ver comida, é como se ela nunca tivesse comido ou estivesse à horas sem comer. Todas as pessoas, quando a veem comer comentam: Oh, que menina linda a comer, come tão bem! É verdade que dá gosto de vê-la a comer, mas os minutos que antecedem a refeição, são um sufoco, enquanto ela está a ver preparar a comida, ela fica desesperada, como se eu tivesse o hábito de a deixar passar fome! No fundo, é apenas o instinto de sobrevivência da Sara que fica incontrolável quando vê comida! 
Na continuação do discurso acerca de quem é feliz, Jesus diz:
“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos.” Mateus 5:6
Jesus usa de exemplos de necessidades físicas, coisas sem as quais ninguém pode viver, como comer e beber, para descrever qual deve ser a nossa postura em relação à justiça de Deus. Ele diz que para sermos felizes temos de ter como desejo principal e fundamental a justiça de Deus. Fome e sede são necessidades diárias, ninguém come para ficar um mês sem comer, assim como beber, é preciso fazê-lo todos os dias, por isso o que Jesus está a ensinar-nos é que constantemente devemos desejar e alimentar-nos da justiça de Deus. A pergunta que se levanta é o que é a justiça de que Jesus fala? Se olharmos para aquilo que Jesus diz antes, depois de no nosso intimo reconhecermos que não temos nada (Partilha 43), choramos por isso (partilha 44), ficamos com uma real percepção de quem somos (Partilha 45) e diante disto precisamos tomar uma atitude, que é buscar a justificação de Deus para nós. Deixar que Jesus entre no nosso coração, pedir perdão pelos nossos erros e aceitar o seu sacrifício na cruz é receber a justificação. É como se estivéssemos diante de um tribunal a sermos julgados pelos nossos pecados e a nossa pena seria a pena máxima, a morte. E nesse momento Jesus se apresenta diante do Juiz e diz: Eles são culpados e é necessário que cumpram a pena para que seja feita justiça, mas eu, que não cometi qualquer pecado, vou pagar a pena no lugar deles e assim eles ficam com o cadastro limpo, diante deste tribunal ficam justos, porque a pena exigida foi cumprida! Diante disto, cabe a nós crer que Jesus morreu em nosso lugar e ficamos com o cadastro limpo, para recomeçarmos uma vida nova! Mas quando Jesus fala de Justiça, não está apenas a referir-se a buscar ser justificados por Ele, porque como já vimos Ele diz que a temos de buscar como quem tem fome e sede, assim fala-nos de algo que deve ser buscado a cada momento, a cada dia! Se Jesus nos colocou numa posição de justos, justificando-nos, é necessário que tenhamos comportamentos adequados a essa posição, que não vivamos mais como antes sem qualquer compromisso, indiferentes à vontade Deus, mas que queiramos fazer o que agrada a Ele em todo o tempo. Buscar a justiça de Deus é também não somente querer viver em novidade de vida com Jesus, deixando de lado aquilo que está a errado e a afastar-nos de Deus, como também desejar que a vontade de Deus seja cumprida em todo o lugar em todas as pessoas, e não conformar-se com a ideia de que tudo esteja errado mas nós não podemos fazer nada, temos, dentro daquilo que está ao nosso alcance, querer que as coisas mudem e desejar ardentemente que a justiça de Deus se cumpra em cada pessoa. Assim que cada uma de nós pratique a justiça de Deus em todo o tempo e em todo o lugar, no emprego, em casa, no convívio de amigos, e por aí em diante, para que possamos dar o exemplo e levar outros a conhecerem essa justiça. “E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede.” João 6:35
A felicidade está com aqueles que se alimentam incessantemente daquilo que agrada a Deus!
Ser Mais Mulher é ter fome e sede de justiça, como a minha Sara que nunca está satisfeita com o que comeu, assim também ter uma fome e sede insaciáveis de fazer a vontade de Deus a cada dia e não agradar-se, nem compactuar com injustiça que seja feita no meio que a rodeia. EP

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