segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Partilha 26 – Nós e Ester, o que temos em comum? (terceira parte)

Capitulo 3 do Livro de Ester
Forças contrárias, sempre vão levantar-se contra nós. É difícil entender, mas não há nada de estranho, quando temos pessoas contra nós, a querer acabar com aquilo que estamos a construir ou com os nossos projetos! Sem obstáculos, nunca saberíamos o quanto custa a corrida, e o prémio final não teria qualquer valor! 
Quando tudo parecia estar a correr bem para Ester, agora rainha, com a sua vida orientada, apenas a usufruir da sua alta posição, do outro lado, um homem perverso, chamado Hamã, está a criar dentro de si uma raiva pelo primo de Ester, Mardoqueu. Essa raiva implantou-se de tal forma no seu coração, que ele já não queria só acabar com Mardoqueu mas com todo o povo judeu. Hamã era o braço direito do Rei, e por isso conseguiu convencê-lo que o melhor era destruir todo o povo judeu, insinuando ao Rei que era um povo rebelde contra o reino persa. A carta sai, e decreta que todos os judeus no mesmo dia, na mesma hora deveriam ser mortos! Essa ordem criou grande confusão na fortaleza de Susã.
Está tudo a correr calmamente, sem grandes tumultos, e de repente alguém completamente desorientado levanta-se contra nós como se apenas a nossa presença já o perturbasse. De um momento para o outro, as circunstância mudam e parece que tudo está contra nós, mas é preciso ter a consciência de que faz parte, e que o mais importante é saber passar por isso de forma digna e honrada. Honrarmos a Deus e aos que estão à nossa volta. É preciso ter a consciência de que se temos uma coisa ou alguém contra, não devemos culpar todos os outros e muito menos achar que todos estão contra nós! Nestes momentos devemos valorizar ainda mais aqueles que permanecem perto de nós. No caso de Ester, ela não teve qualquer culpa do odio de Hamã pelo seu povo, mas nós devemos avaliar para perceber se essa ira contra nós não foi por alguma coisa que fizemos e se depois da humilde analise chegarmos à conclusão que não, então devemos criar defesas para não ficarmos também com ódio da pessoa ou grupo! 
Não há nada pior para a nossa saúde, física, mental e espiritual, que é guardar ódio ou rancor de alguém, quando esses sentimentos maus estão a florescer dentro do nosso interior devemos orar como o Salmista, no Salmo número 25: « A ti, SENHOR, levanto a minha alma. Deus meu, em ti confio, não me deixes confundido, nem que os meus inimigos triunfem sobre mim. Na verdade, não serão confundidos os que esperam em ti; confundidos serão os que transgridem sem causa. Faz-me saber os teus caminhos, Senhor; ensina-me as tuas veredas. Guia-me na tua verdade, e ensina-me, pois tu és o Deus da minha salvação; por ti estou esperando todo o dia. Lembra-te, Senhor, das tuas misericórdias e das tuas benignidades, porque são desde a eternidade. Não te lembres dos pecados da minha mocidade, nem das minhas transgressões; mas segundo a tua misericórdia, lembra-te de mim, por tua bondade, Senhor. Bom e reto é o Senhor; por isso ensinará o caminho aos pecadores. Guiará os mansos em justiça e aos mansos ensinará o seu caminho. Todas as veredas do Senhor são misericórdia e verdade para aqueles que guardam a sua aliança e os seus testemunhos. Por amor do teu nome, Senhor, perdoa a minha iniquidade, pois é grande. Qual é o homem que teme ao Senhor? Ele o ensinará no caminho que deve escolher. A sua alma pousará no bem, e a sua semente herdará a terra. O segredo do Senhor é com aqueles que o temem; e ele lhes mostrará a sua aliança. Os meus olhos estão continuamente no Senhor, pois ele tirará os meus pés da rede. Olha para mim, e tem piedade de mim, porque estou solitário e aflito. As ânsias do meu coração se têm multiplicado; tira-me dos meus apertos. Olha para a minha aflição e para a minha dor, e perdoa todos os meus pecados. Olha para os meus inimigos, pois se vão multiplicando e me odeiam com ódio cruel. Guarda a minha alma, e livra-me; não me deixes confundido, porquanto confio em ti. Guardem-me a sinceridade e a retidão, porquanto espero em ti. Redime, ó Deus, a Israel de todas as suas angústias. »
Reparem como o salmista diante dos inimigos ( e naquele tempo ele esta a falar de inimigos de guerra), ele pede a Deus para guardar a sua alma. Não é interessante? Porque a alma é imortal, é o que vai ficar para sempre! Seria lógico que o salmista estivesse com a sua maior preocupação na sua vida, nos seus planos que os inimigos queriam destruir…  mas não! O salmista pede principalmente,  que no meio daquela confusão e guerras, Deus permaneça come ele e esteja no seu coração, para que ele não faça nada que vá contra Deus e manche a sua alma ! 
Ás vezes perdemos a razão diante de situações, nas quais somos vitimas, mas porque queremos limpar o nosso nome, ou resolver, acabamos por agir de forma errada. Sendo que o foco do nosso esforço deve estar em guardar a nossa alma. 
Ser Mais Mulher é ter como princípio,  permanecer em paz com todos, (“Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens » Romanos 12:18), mas se por algum motivo fora do alcance dela, inimigos se levantam, ela faz de tudo para não perder a paz e o amor. Não deixa que o rancor domine a sua vida e fica atenta para não perder aquilo que ela tem de melhor, a intimidade com Deus! EP

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