segunda-feira, 29 de julho de 2019

Partilha 213 - O mais que tem mais valor. (Ex 25)


       Deus criou, comunica-se, intervém e está interessado na Sua criação. O nosso Deus está a cada momento da nossa história a querer comunicar-se e a desejar estar em comunhão connosco. Por isso, Ele prepara os meios para revelar-se e chamar a nossa atenção. Quando Jesus Cristo morreu na cruz pelos nossos pecados, Ele estava a destruir todas as barreiras que o pecado tinha levantado entre o relacionamento do Homem com Deus. O sangue de Jesus assinalava o pacto de que toda a ira de Deus contra o pecado do Homem acalmaria, e de novo poderiam a ser íntimos como Pai e filho.
      A  expressão hebraica que Deus usa para Moisés :"constroi-me um tabernáculo", usa a mesma raíz que é usada em grego por João 1:14: " o Verbo de fez carne" (Tabernaculou). Entendemos que o Tabernáculo era o meio que Deus usou para se comunicar, manifestar e revelar ao povo durante a peregrinação no deserto, preparando assim a mente do povo para uma revelação maior e definitiva, na Pessoa de Jesus Cristo. Então não é de admirar que todo o tabernáculo e os seus utensílios tenham um significado e apontem para a obra de Jesus Cristo.
      Mas é importante perceber também que o povo ainda não conhecia Jesus Cristo, por isso, o Tabernáculo em si, tinha de ter significados compreensíveis ao povo no seu contexto. E sem duvida, deixa-nos muitos ensinos também a nós acerca da santidade, fidelidade e poder de Deus.

"Façam uma arca de madeira de acácia com um metro e dez centímetros de comprimento, setenta centímetros de largura e setenta centímetros de altura. Revistam-na de ouro puro, por dentro e por fora, e façam uma moldura de ouro ao seu redor. Mandem fundir quatro argolas de ouro para ela e prendam-nas em seus quatro pés, com duas argolas de um lado e duas do outro. Depois façam varas de madeira de acácia, revistam-nas de ouro e coloquem-nas nas argolas laterais da arca, para que possa ser carregada. As varas permanecerão nas argolas da arca; não devem ser retiradas. Então coloquem dentro da arca as tábuas da aliança que te darei. "Façam uma tampa de ouro puro com um metro e dez centímetros de comprimento por setenta centímetros de largura, com dois querubins de ouro batido nas extremidades da tampa. Façam um querubim numa extremidade e o segundo na outra, formando uma só peça com a tampa. Os querubins devem ter suas asas estendidas para cima, cobrindo com elas a tampa. Ficarão de frente um para o outro, com o rosto voltado para a tampa.
Coloquem a tampa sobre a arca, e dentro dela as tábuas da aliança que te darei. 
Ali, sobre a tampa, no meio dos dois querubins que se encontram sobre a arca da aliança, eu me encontrarei contigo e te darei todos os meus mandamentos destinados aos israelitas." Êxodo 25:10-22

      O primeiro utensilio que Deus ordenou que fosse construído foi uma Arca, designada arca da aliança. Não foi por acaso que Deus começa a descrição dos utensílios pela Arca, pois a Arca era o utensílio mais importante de todo o tabernáculo, e tinha como propósito mostrar ao povo que Deus estava com eles. Podemos dizer que simbolizava a presença e a proteção de Deus sobre eles. Sem a Arca, o Tabernáculo não tinha qualquer importância.
      Era muito comum os povos da altura guardarem seus ídolos e deuses dentro de arcas, por isso, o objecto em si não tinha qualquer originalidade...mas o que diferenciava esta arca de qualquer outra era o fato de não ter qualquer imagem de uma divindade. Apenas dentro dela ficariam as tábuas da Lei (Dez Mandamentos), que resumiam os requisitos da aliança de Deus com o povo. E por cima da arca estava dois querubins debruçados para a tampa, como sinal de adoração, reverência e submissão. Deus diz a Moisés que seria no meio dos querubins que Ele se encontraria, isto é, no lugar onde o sangue dos animais era derramado.  A Arca, seria a lembrança física de que Deus em espírito estava com o povo.
       Para nós é muito importante perceber o porquê de Deus decidir usar-se de um objeto assim para simbolizar a Sua grandiosa presença. Deus começa com a Arca, para que logo ficasse claro que o mais importante de tudo é a Sua presença. A Arca de ouro tinha dentro de si o resumo da Lei, lembrando-nos que Deus é Santo, Justo e Puro. A presença de Deus só é real quando a Sua Lei é cumprida e reverenciada. Sem a Sua Lei, não há a Sua presença. Em segundo lugar, os querubins se prostram diante da arca, lembrando-nos da Soberania de Deus, da sua Superioridade e suma importância. A presença de Deus só está onde há submissão e reverencia, tudo em nós deve prostar-se diante d'Ele, lembrando que acima de tudo e de todos está Deus. Por ultimo,  com a tampa onde o sangue era derramado (Propiciatório) no meio dos Querubins, Deus está a dizer-nos que sem sangue não há diálogo, sem sangue não há remissão de pecados. Para o povo, os animais mortos carregavam os pecados e o sangue era a maneira de pedir perdão. Ou seja para haver sangue, tinha de haver reconhecimento dos pecados e da dependência de Deus. Assim também hoje, sem reconhecermos os nossos pecados, e a nossa dependência de Deus, não teremos a presença de Deus. Quando olhamos para Jesus na cruz, para o Seu sangue, percebemos que foi por nós, porque estávamos detidas e afundadas nos nossos pecados e Jesus nos deu o perdão.
      Ser MaisMulher é viver o que a Arca simboliza. O mais importante de tudo é a presença de Deus,  por isso não esquecer a Santidade de Deus, a Sua Soberania e o Seu perdão, levam a MaisMulher a ser totalmente dependente de Deus.


terça-feira, 23 de julho de 2019

Partilha 212 - O plano soberano de Deus. (Ex 25)




      Todas as situações na nossa vida têm um propósito, tudo o que ganhamos ou perdemos tem sempre uma razão de ser no plano soberano de Deus. Não estou a falar das grandes coisas e dos marcantes eventos da nossa vida, estou mesmo a falar das pequenas coisas que poderíamos chamar de pormenores! Lembro-me quando era criança, de na minha terra em Portugal, uma senhora alemã ter decidido dar aulas de alemão nas instalações do mercado da terra. Não sei muito bem porquê, mas eu e a minha melhor amiga decidimos ir ter as aulas...a senhor deu-me livros de iniciação da língua e ensinou-me palavras soltas da língua, como ler as silabas alemãs, etc. Na altura eram apenas uns momentos a mais fora de casa e com a minha amiga...não liguei muito! Mas hoje sou missionária na Alemanha e não tenham duvidas de que me lembro muitas vezes daqueles momentos. Agora, passados mais ou menos 25 anos estou a passar a pente fino aqueles preciosos livros e aprender a língua alemã. Eu não sabia disso naquela época, mas Deus sabia. Com certeza que tu também tens experiências  na tua vida idênticas a esta, pois bem, trata-se do plano soberano de Deus.
      Para aquelas que têm seguido as partilhas do livro de Êxodo, devem lembrar-se que quando o povo foi liberto do Egipto por Deus, os Egípcios deram-lhes presentes valiosos, especiarias e outras coisas que tinham muita importância naquela época. Pois bem , agora no meio do deserto chegou a altura de perceber o porquê de Deus ter preparado esses presentes.

"Então falou o SENHOR a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel, que me tragam uma oferta alçada; de todo o homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a minha oferta alçada. E esta é a oferta alçada que recebereis deles: ouro, e prata, e cobre, E azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino, e pêlos de cabras, E peles de carneiros tintas de vermelho, e peles de texugos, e madeira de acácia, Azeite para a luz, especiarias para o óleo da unção, e especiarias para o incenso, Pedras de ônix, e pedras de engaste para o éfode e para o peitoral. E me farão um santuário, e habitarei no meio deles. Conforme a tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo, e para modelo de todos os seus pertences, assim mesmo o fareis." Êxodo 25:1-9

       Deus começa a dar o projeto completo a Moisés do Tabernáculo que teria de ser construído e que acompanharia o povo durante toda a peregrinação do deserto. Mas um povo que estivera 400 anos na escravatura, o que é que teria no deserto para poder construir tamanha obra? Pois é, tudo o que os egípcios lhes tinham dado, tinha agora um propósito. Mas Deus diz as Moisés claramente que deveriam ser ofertas voluntárias, ou seja, mesmo que no fundo tenha sido Deus a preparar todos aqueles bens, Deus não queria que ninguém se sentisse obrigado a ofertar.
     As nossas ofertas para Deus, ou seja tudo o que damos, quer seja a um necessitado, à nossa igreja ou até para a missão, deve ser de coração e nunca por qualquer outra motivação. Ofertar, ajudar, auxiliar, são formas de também honrar a Deus, mas se fizermos ou dermos apenas para aparecer, ou para mostrar as nossas posses...de nada vale para Deus. Porque para Deus, não é o valor e nem o que fazemos que importa, mas se estamos a fazer de coração. Porque Deus é quem sonda os corações. Nunca podemos esquecer que tudo o que temos vem de Deus, por isso de damos alguma coisa é no fundo apenas uma devolução. Deus é quem supre todas as nossas necessidades e muitas vezes até um pouco dos nossos caprichos...e a nossa gratidão leva-nos a ofertar para Deus.
     O Tabernáculo teria de exatamente como Deus iria ordenar, cada prego, cada utensílio e cada material, deveriam ser restritamente aqueles que Deus ordenara. Nada deveria ser alterado ou manipulado. Deus revelava mais uma vez a Moisés, que a presença de Deus estaria no meio deles, mas que definia as regras era o próprio Deus e para Ele todos os pormenores contam. Mas isto veremos nas próximas partilhas!
     Ser Mais Mulher é ofertar de coração, ser misericordiosa de coração e  tudo o que faz, tem uma única motivação, agradar a Deus.  Ela entende que cada pormenor da sua vida está a ser guiado por Deus.

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Partilha 211 - Tudo o que é perfeito precisa de tempo! (Ex 24 fim)


   
   Quantas vezes já ouvimos a expressão: "Vivemos numa geração MacDonald's!" Pois bem, eu concordo com ela. Estamos a tornar-nos impacientes e sem disposição para dar o tempo necessário às coisas. Tenho aprendido muito acerca deste tema, desde que decidi ter uma pequena horta no meu jardim! Além de ter descoberto que não percebo nada de agricultura...também percebi que a distância entre o dia em que se semeia até ao dia em que o fruto aparece, pode tornar-se uma "eternidade". Porque nem tudo depende de nós, uma vez que quem ainda ordena o crescimento é Deus. Cultivei várias sementes de morangos, todos deram folha, mas apenas metade deu morangos...e eu cuidei de todos igual! Eu não esperava isso, porque para mim, que estou habituada a comprar caixas de morangos, esperava dezenas de morangos todas as semanas!! Já as alfaces, não param de crescer! Porque neste processo ainda é Deus que controla!
   Tudo se tornou rápido, à distancia de um click. As coisas parecem estar mais simples e acessíveis, mas na verdade, estamos a transformar-nos em pessoas que não sabem esperar, observar, estar no silencio, apreciar os pequenos detalhes... E sem duvida, este estilo de vida tem influenciado muito a nossa vivência com Deus.
    Depois de Moisés ter dado todos os estatutos ao povo, depois de Deus ter selado a Aliança com o povo, agora Ele queria dar a Moisés o projeto do lugar onde o povo deveria prestar -lhe culto e estar na Sua presença. Mas antes disso, Deus precisava que Moisés percebesse a importância de estar na Sua presença, experimentasse a Sua grandeza e sentisse o conforto que é, poder usufruir dela.
   
"Então disse o Senhor a Moisés: Sobe a mim ao monte, e fica lá; e dar-te-ei as tábuas de pedra e a lei, e os mandamentos que tenho escrito, para os ensinar. E levantou-se Moisés com Josué seu servidor; e subiu Moisés ao monte de Deus. E disse aos anciãos: Esperai-nos aqui, até que tornemos a vós; e eis que Arão e Hur ficam convosco; quem tiver algum negócio, se chegará a eles. E, subindo Moisés ao monte, a nuvem cobriu o monte. E a glória do Senhor repousou sobre o monte Sinai, e a nuvem o cobriu por seis dias; e ao sétimo dia chamou a Moisés do meio da nuvem. E o parecer da glória do Senhor era como um fogo consumidor no cume do monte, aos olhos dos filhos de Israel. E Moisés entrou no meio da nuvem, depois que subiu ao monte; e Moisés esteve no monte quarenta dias e quarenta noites." Êxodo 24:12-18

    Para poder construir o tabernáculo, onde Deus manifestaria a Sua presença, Moisés foi levado quarenta dias e quarenta noites, à presença de Deus e assim desejar e compreender verdadeiramente a Sua importância. Moisés viveu a experiência da sua vida sozinho com Deus, sem interferência de mais ninguém. Moisés define a presença de Deus como uma "nuvem" primeiramente e depois da "nuvem" como um "fogo consumidor". Na Bíblia, estas expressões têm muito significado, porque "nuvem" aparece maioritariamente relacionado à proteção e cuidado de Deus, e " fogo consumidor", como símbolo de purificação e santificação. Para Moisés, que esteve quarenta dias e quarenta noites a desfrutar da presença de Deus de uma maneira próxima e extraordinária, a presença de Deus santifica, purifica e ao mesmo tempo provoca conforto e proteção. Incrível e Maravilhoso!
    Mas foram quarenta dias e quarenta noites! Esta experiência profunda com Deus teve o seu tempo. Porque a intimidade com Deus não está à distancia de um click! Não é como ir ali comer um hamburger e voltar para casa. As experiências com Deus mais profundas, não são vividas num momento, nem num horário determinado por nós, mas precisam de tempo e esse tempo é determinado por Deus.
    Precisamos com urgencia aprender a disponibilizar tempo a Deus, e não me refiro apenas a um tempo de devocional, ou ao dia que guardamos para ir à igreja, mas do tempo que Deus precisa para nos fazer viver experiências com Ele. Não podemos apressar os tempos de Deus, porque Ele é o dono e é quem ordena tudo! Por isso, existe um tempo determinado por Deus para nos dar experiências com Ele, e porque tudo em Deus é perfeito, precisa de tempo. A perfeição precisa de tempo e paciência.
    Saber esperar também é um sinal de maturidade e de fé em Deus. A paciência é um resultado da presença de Deus em nós. Deus quer transformar -nos em filhas pacientes, que não se deixam dominar pela ansiedade e que experimentam a presença de Deus de uma maneira real. Experiências verdadeiras com Deus, levam-nos à santidade e a sentir conforto e proteção de Deus.
    Moisés com certeza teria muito que fazer no acampamento de Israel! E durante os primeiros seis dias, ele não ouviu, nem viu nada, apenas uma nuvem! Aquela nuvem poderia ter sido entendida como algo que estava a impedir Moisés de ver a Deus, porque tapava-lhe a visão...mas no final Moisés percebeu que era a proteção de Deus e preparação para tudo o que Ele ia ouvir depois!
    Nas experiencias com Deus, existem também fases, e algumas delas parecem nuvens que nos impedem de ver e de ouvir, mas se foi Deus que mandou a nuvem, é porque trata-se de proteção e de preparação para mais profundidade com Deus.
    Ser MaisMulher é dar tempo a Deus, exercer a paciencia e desfrutar das experiências que Deus lhe quer dar no Seu tempo.


 

terça-feira, 16 de julho de 2019

Partilha 210 - Aliança com Deus. (Ex 24)


     A Aliança que Deus faz connosco é selada com sangue. O sangue de Jesus Cristo selou a aliança da reconciliação entre o Criador e a criatura, abrindo assim uma nova perspectiva de relacionamento entre Deus e o Homem. A peculiaridade desta aliança é que é Deus quem dá o primeiro passo, que sabe como manter o relacionamento forte e frutífero e quem nunca falha, nem nunca quebra a aliança.
     Durante as páginas da Biblia encontramos "miniaturas" ou "protótipos" da Aliança selada por Jesus Cristo, e na leitura que temos feito de Êxodo, encontramos agora um tipo dessa aliança.

"Depois disse a Moisés: Sobe ao SENHOR, tu e Arão, Nadabe e Abiú, e setenta dos anciãos de Israel; e adorai de longe. E só Moisés se chegará ao Senhor; mas eles não se cheguem, nem o povo suba com ele. Veio, pois, Moisés, e contou ao povo todas as palavras do Senhor, e todos os estatutos; então o povo respondeu a uma voz, e disse: Todas as palavras, que o Senhor tem falado, faremos. Moisés escreveu todas as palavras do Senhor, e levantou-se pela manhã de madrugada, e edificou um altar ao pé do monte, e doze monumentos, segundo as doze tribos de Israel; E enviou alguns jovens dos filhos de Israel, os quais ofereceram holocaustos e sacrificaram ao Senhor sacrifícios pacíficos de bezerros. E Moisés tomou a metade do sangue, e a pôs em bacias; e a outra metade do sangue espargiu sobre o altar. E tomou o livro da aliança e o leu aos ouvidos do povo, e eles disseram: Tudo o que o Senhor tem falado faremos, e obedeceremos. Então tomou Moisés aquele sangue, e espargiu-o sobre o povo, e disse: Eis aqui o sangue da aliança que o Senhor tem feito convosco sobre todas estas palavras. E subiram Moisés e Arão, Nadabe e Abiú, e setenta dos anciãos de Israel. E viram o Deus de Israel, e debaixo de seus pés havia como que uma pavimentação de pedra de safira, que se parecia com o céu na sua claridade. Porém não estendeu a sua mão sobre os escolhidos dos filhos de Israel, mas viram a Deus, e comeram e beberam." Êxodo 24:1-11

      Em primeiro lugar Deus dá a estratégia para manter a aliança ( Os estatutos e a Lei), depois lembra a recompensa da aliança (permanecer na Terra Prometida) e agora finalmente, está a selar a aliança com o povo. O ritual usado aqui é bastante próprio da cultura daquela época, mas mesmo assim, quando o povo declara, "tudo faremos", provavelmente não estavam a sentir a força das suas palavras, porque eles nunca cumpriram a Lei e os estatutos completamente. Mas Deus, sabia muito bem o que estava a selar, Ele estava a prometer fidelidade para com o povo. Foi em ambiente de festa, de temor, de revelação e de emoção, que Deus fez aliança com o povo, pela primeira vez como nação.  E vemos no relato que eles viram Deus sofre pedra de safira que representava o céu...Deus manifestou-se como Soberano no céu e na terra.
     Mas para nós, o que Deus ensina aqui? O que é que Deus quer trazer-nos à memória neste texto? Deus quer em primeiro lugar, lembrar-nos que Ele é Deus fiel às Suas alianças e promessas e que se manifesta apenas diante de quem assume que deseja ser fiel. Entendemos também que, mesmo diante da fragilidade humana e da sua incapacidade de ser fiel, Deus não deixa de querer aliar-se connosco, e Ele procura isso mesmo, para ajudar-nos a sermos fieis. Apenas vivendo em amornai com o perfeito poderemos ser aperfeiçoadas. Por ultimo, o que aprendemos é que Deus deseja marcar momentos importantes com atitudes importantes.
      Muitas vezes perguntamos o porquê de momentos mais felizes e menos agradáveis, de circunstancias que temos de passar, o porquê de certos encontros e de desencontros...não sei, o porquê de dias que seriam normais, se tornarem tão memoráveis! Na verdade não tenho qualquer duvida, que muitas vezes é Deus a lembrar-nos de que têm de haver esses dias, acontecimentos e encontros para selarem a nossa vida, para comemorarem a aliança com Deus. Deus não quer que a aliança que Ele fez connosco caia no esquecimento e por isso, Ele traz à memória quem Ele é e que Ele pode fazer. Cada vez que lembramos a Aliança que temos com Deus através de Jesus Cristo, estamos a lembrar quem Ele é, quem nós somos e como precisamos d'Ele.
     Ser MaisMulher é festejar a aliança que temos com Deus, a Sua fidelidade.

   

segunda-feira, 15 de julho de 2019

Partilha 209 - Grandes projetos requerem grandes desafios. (Ex23 fim)




    
      Todas as promessas de Deus para a nossa vida, requerem de obediência e de fé. Temos de crer em Deus e não duvidar que o melhor é cumprir o que Ele diz. 
      Depois de da imensa lista de estatutos, Deus termina por confirmar a Sua presença, caso eles cressem e obedecessem.     
     
"Eis que eu envio um Anjo diante de ti, para que te guarde pelo caminho, e te leve ao lugar que te tenho preparado. Guarda-te diante dele, e ouve a sua voz, e não o provoques à ira; porque não perdoará a vossa rebeldia; porque o meu nome está neleMas se diligentemente ouvires a sua voz, e fizeres tudo o que eu disser, então serei inimigo dos teus inimigos, e adversário dos teus adversários.
Porque o meu Anjo irá adiante de ti, e te levará aos amorreus, e aos heteus, e aos perizeus, e aos cananeus, heveus e jebuseus; e eu os destruirei. Não te inclinarás diante dos seus deuses, nem os servirás, nem farás conforme às suas obras; antes os destruirás totalmente, e quebrarás de todo as suas estátuas. E servireis ao Senhor vosso Deus, e ele abençoará o vosso pão e a vossa água; e eu tirarei do meio de vós as enfermidades. Não haverá mulher que aborte, nem estéril na tua terra; o número dos teus dias cumprirei. Enviarei o meu terror adiante de ti, destruindo a todo o povo aonde entrares, e farei que todos os teus inimigos te voltem as costas. Também enviarei vespões adiante de ti, que lancem fora os heveus, os cananeus, e os heteus de diante de ti. Não os lançarei fora de diante de ti num só ano, para que a terra não se torne em deserto, e as feras do campo não se multipliquem contra ti. Pouco a pouco os lançarei de diante de ti, até que sejas multiplicado, e possuas a terra por herança. E porei os teus termos desde o Mar Vermelho até ao mar dos filisteus, e desde o deserto até ao rio; porque darei nas tuas mãos os moradores da terra, para que os lances fora de diante de ti. Não farás aliança alguma com eles, ou com os seus deuses. Na tua terra não habitarão, para que não te façam pecar contra mim; se servires aos seus deuses, certamente isso será um laço." 

                                                                                                                                 Êxodo 23:20-33

       Agora tudo estava preparado para a conquista da terra prometida. Deus tinha dado os estatutos como a condição necessária para que Deus estivesse com eles na conquista da terra. A pergunta que se põe quando lemos estes versículos que finalizam o capitulo 23 de Êxodo, é se a terra tinha sido Deus a dar, porquê tantas exigências e tantas alertas? Se Deus tinha dado, então porquê condições? A resposta está por toda a Bíblia, e é clara e perceptível a todos que com maturidade vivem a vida com Deus. A maioria das pessoas desilude-se por Deus dar condições para podermos receber as Suas promessas, mas quando assim é, claramente trata-se de uma incompreensão do amor paterno do nosso Deus. As condições para receber uma promessa divina, são apenas estratégias que o nosso Pai nos dá para aprendermos a conquistar o Deus tem para nós.
       Os projetos de Deus são perfeitos, completos e cheios de desafios e por isso, exigem de nós desejo de os querer conquistar. É essa a razão de Deus nos dar condições, porque na verdade tratam-se de estratégias eficazes para conquistar o que realmente é bom, perfeito e agradável para a nossa vida.
       É um grande erro achar que a presença de Deus está connosco de qualquer maneira, sem sermos desfiadas a mudanças, a lutas e a escolhas. Porque tudo isto é necessário para que Deu esteja connosco.
       Deus estava a lembrar o povo que a terra era para eles, que Ele estaria com eles, mas que eles precisariam de acreditar que adorar somente a Deus, obedecer e manterem-se afastados dos costumes dos outros povos, eram os desafios necessários para que o projeto de Deus se cumprisse.
       Ser MaisMulher é viver os desafios de Deus encarando-os como passos fortes para conquistar os perfeitos projetos de Deus. Mas o segredo da MaisMulher não é conhecer os desafios, mas sim que em todos eles Deus esteja com Ela.
     

sexta-feira, 5 de julho de 2019

Partilha 208 - Sempre gratas! (Ex 23)

  
    É muito triste quando estamos fazer alguma coisa apenas porque sim...sem propósito. No reino de Deus, todas as coisas têm um propósito e por isso, Deus quer que o que fazemos também tenha um objetivo, um foco. Para Deus, cada vez que o povo se reunisse teria de ter um propósito, uma razão. 
   Deus revela-se ao povo como quem se agrada de festas e de reuniões para alegrarem-se de como viveram,como estavam a viver e com o que ainda iam viver.

"Três vezes no ano me celebrareis festa. A festa dos pães ázimos guardarás; sete dias comerás pães ázimos, como te tenho ordenado, ao tempo apontado no mês de Abibe; porque nele saíste do Egito; e ninguém apareça vazio perante mim; E a festa da sega dos primeiros frutos do teu trabalho, que houveres semeado no campo, e a festa da colheita, à saída do ano, quando tiveres colhido do campo o teu trabalho. Três vezes no ano todos os teus homens aparecerão diante do Senhor DEUS.
Não oferecerás o sangue do meu sacrifício com pão levedado; nem ficará a gordura da minha festa de noite até pela manhã. 
As primícias dos primeiros frutos da tua terra trarás à casa do Senhor teu Deus; não cozerás o cabrito no leite de sua mãe." Êxodo 23:14-19

    Em primeiro lugar queria de uma maneira simples, ver convosco cada uma destas festas.
A festa dos pães ázimos estava muito ligada à Páscoa, que lembrava a libertação do povo do Egipto. Depois da Páscoa eles teriam de comer os pães ázimos (pães que não levavam fermento e não levedavam) durante sete dias. Lembrava de como tiveram de sair da noite para o dia e por isso não teriam tempo para deixar os pães levedarem. Cada dia que comiam, lembravam o que Deus fez por eles. 
A festa da sega dos primeiros frutos, também chamada das semanas, e mais tarde chamada de Pentecostes. Era uma festa onde eles consagravam os primeiros frutos ao Deus, como agradecimento pela terra que Ele lhes tinha dado e pela Sua provisão. Como tudo vinha de Deus, então o que de primeiro a terra desse, queriam agradecer. 
A terceira , é a festa da colheita ou dos tabernáculos, onde agradeciam toda a colheita e com gratidão celebravam o que tinham recebido. Lembravam do tempo em que viveram em tendas no deserto e como Deus os protegeu e sustentou. Para os judeus tratam-se de festas culturais e religiosas, muito relevantes porque estão relacionadas com a história do povo e com a sua identidade.
     Estas três festas e os seus significados, são de suma importância, mesmo para nós. Porque elas simbolizam o passado, presente e futuro da caminhada com Deus. Deus queria que o povo lembra-se de onde tinham sido libertos, que festejassem o que Deus lhes deu e agradecessem o que Ele sempre lhes daria... Deus quer que sempre estejamos em festa, por aquilo que Ele fez por nós. A nossa nova vida, a maneira como Deus nos encontrou e nos trouxe de volta para Ele através de Jesus Cristo (Festa dos pães ázimos), sem nada termos feito para merecer mas o Seu amor fez assim. Depois devemos festejar que quando estamos com Jesus, que é o nosso descanso a nossa "terra segura", Deus nos dá o Seu Espirito para podermos caminhar com Ele, sermos alimentadas da melhor maneira e sem nada nos faltar... e por fim, devemos festejar, que Deus está connosco na nossa caminhada e um dia estaremos com Ele para sempre face a face. Aqui Ele nos sustenta e ajuda, para que tenhamos desejo de ir para perto d'Ele eternamente! A nossa vida com Deus é vida de festa constante!
     O princípio destas festas, é a gratidão! Sem gratidão não poderemos perceber o quanto Deus fez, faz e fará por nós.
     Ser Mais Mulher é festejar cada etapa com Deus e praticar a gratidão, sem esquecer nenhum dos seus feitos. O seu propósito em tudo é agradecer!


segunda-feira, 1 de julho de 2019

Partilha 207 - Obediencia, gera dependência e ambas geram descanso. (Ex 23)

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     Depender de Deus requer algumas decisões da nossa parte. Não podemos dizer que dependemos de Deus se nunca experimentamos viver por Ele, n'Ele e através d'Ele. Depender de Deus é encontrar subsistência completa em Deus e mover-nos unicamente no sentido d'Ele. 
     O desejo de Deus, com os estatutos que estava a dar ao povo, era leva-los a viver em total dependência d'Ele. Quando se fala em áreas espirituais, parece ficar mais simples de depender de Deus, porque afinal é a área da nossa vida que não podemos pelas nossas próprias forças fazer crescer, apenas com Deus. Mas agora Deus quer lançar o desafio ao povo de depender também financeiramente, ou na área da subsistência monetária.  

"Também seis anos semearás tua terra, e recolherás os seus frutos; Mas ao sétimo a dispensarás e deixarás descansar, para que possam comer os pobres do teu povo, e da sobra comam os animais do campo. Assim farás com a tua vinha e com o teu olival. Seis dias farás os teus trabalhos, mas ao sétimo dia descansarás; para que descanse o teu boi, e o teu jumento; e para que tome alento o filho da tua escrava, e o estrangeiro. E em tudo o que vos tenho dito, guardai-vos; e do nome de outros deuses nem vos lembreis, nem se ouça da vossa boca." Êxodo 23:10-13

      Este estatuto acerca do sétimo ano, ser o ano de pousio para a terra, era completamente desconhecido para as outras nações vizinhas dos hebreus. E entende-se porquê. Na verdade um ano em sete ficar sem semear, poderia significar uma diminuição significativa da riqueza da nação. Ainda por cima seria um ano de um pouco de alivio do trabalho para aqueles que eram apenas escravos e empregados. Parecia uma ruína, mas na verdade era uma prova à fé do povo.
     Quando lembramos da caminhada no deserto do povo, depois de ser liberto do Egipto, Deus mandava seis dias o maná do céu para eles se alimentarem e no sexto dia mandava a dobrar para que no sétimo tivessem o suficiente. Aqui não seria diferente, no sexto ano a colheita seria maior para que  tivessem suficiente para  sétimo ano.
     Mostra-nos uma grande preocupação de Deus em revelar-se ao povo como o Deus que provê, quando se anda em obediência. Por outro lado, mostra preocupação pela terra que Ele criou, animais e pelo próprio solo. Uma vez que não era usada uma agricultura de rotação, cada terra produzia a mesma coisa a cada ano e era necessário para a fertilidade da terra o descanso. Deus criou todas as coisas com o principio do descanso, quer o homem quer a própria terra.
      Os dois principais principios destes estatutos são a dependência e a obediência a Deus. Sendo assim são princípios atuais para a nossa vida com Deus. Devemos buscar depender de Deus, não ter medo, nem duvidar mas confiar que Ele é o Deus que provê. Mas apenas vamos observar isso na nossa vida, quando vivemos em obediência a Ele, mesmo que às vezes pareça contraditório, ou seja difícil, a nossa fé só vai ter vida e eficácia quando for usada. Parecia contraditório que uma nação fosse ser prospera, se a cada sete anos parasse a sua produtividade, mas na verdade, aquele ano seria o ano em que o próprio Deus supriria as necessidades dos mais desfavorecidos e dos que mais tinham. Seria o ano em que mais viriam a "mão" de Deus sobre as suas vidas.
     Queremos ver Deus agir, temos de "largar as mãos do leme" e o entregar a Deus, para que seja Ele que controle. Obedecer e depender sempre será um desafio, mas também sempre será um privilégio.
    Sabemos pelo relato biblico que o povo não cumpriu este mandamento, e diz a Bíblia que foi uma das causas do cativeiro ter durado setenta anos (II Crónicas 36:21), para que a terra repousasse todo o tempo que estava em falta. Porque Deus zela pela Sua palavra, e Deus tinha criado a terra para ter descanso.
     Para terminar, queria colocar-nos uma questão, porque é que Deus fez tanta questão desde do inicio de ensinar o principio do descanso. Ele descansou depois da criação, o povo teria de descansar, a terra terias de descansar...porquê? Porque desde o principio que tudo aponta para o plano de amor de Deus pela humanidade. Tudo mereceria descanso, quando terminasse a sua função, quando tudo tivesse produzido e quando tudo tudo tivesse estabelecido, assim como, Deus enviaria O Descanso que é acima de todos os outros descansos, o Seu Filho Jesus Cristo (Hebreus 4:9-11).
     Tudo para ensinar que Jesus é o nosso descanso de toda a luta por ter a presença e benção de Deus na nossa vida. Através de Jesus recebemos descanso para as nossas vidas, certeza da salvação, as bênçãos de Deus e a presença de Deus dentro de nós. Todo o descanso que precisamos! Por isso Deus é tão rigoroso com este estatuto, porque queria que o povo percebesse que quando Jesus viesse, se fosse rejeitado, estariam a rejeitar o descanso divino, logo, estariam vulneráveis às consequências dessa decisão.
      Ser MaisMulher é desejar obedecer, para viver na dependência de Deus. Ela depende de Deus quando encontra o seu descanso em Jesus Cristo.