"Acabei a limpeza da casa e pensei: Agora estou descansada por um tempo! Mas a realidade vem e lembra-me que permanecerá assim apenas umas horas."
A expectativa versus realidade. A expectativa é aquilo que imaginamos ou que esperamos que aconteça. A realidade é aquilo que verdadeiramente acontece. A expectativa faz parte da nossa vida e é necessária para podermos continuar a sonhar, mas a realidade, leva-nos a estar sempre conscientes do que somos e do que precisamos. A expectativa pode tornar-se perigosa quando ganha uma força superior na nossa vida, mas pode ser impulsionadora de projetos e planos que nunca pensámos realizar. A realidade pode inibir-nos, impedir-nos de olhar mais adiante, mas pode ser uma proteção contar erros e tropeços.
A vida da Mais Mulher tem de ser vivida num equilíbrio entre estas duas esferas: A expectativa e a realidade.
Existe uma mulher na Bíblia que me ensina muito sobre isto. A sua história está no segundo livro de Reis.
"Certo dia, Eliseu passou por Suném, onde morava uma mulher rica, que insistiu para que ele ficasse para uma refeição. Assim, todas as vezes que passava por lá, entrava para fazer uma refeição.
Ela disse ao seu marido: — Vejo que este que passa sempre por aqui é um santo homem de Deus.Vamos fazer um quarto pequeno no terraço da casa e colocar nele uma cama, uma mesa, uma cadeira e uma lamparina; assim, quando ele vier à nossa casa, poderá ficar ali.
Um dia, vindo o profeta para ali, retirou-se para o quarto e se deitou.
Então disse ao seu servo Geazi: — Vá chamar esta sunamita. Ele a chamou, e ela se pôs diante do profeta.
Este tinha dito a Geazi que dissesse a ela: — A senhora nos tem tratado com muito cuidado. O que podemos fazer pela senhora? Podemos falar em seu favor junto ao rei ou ao comandante do exército? Ela havia respondido: — Eu estou bem, vivendo no meio do meu povo.
Então o profeta perguntou a Geazi: — O que se pode fazer por ela? Geazi respondeu: — Ora, ela não tem filhos, e o marido dela é velho.
Eliseu disse: — Vá chamá-la. Ele a chamou, e ela se pôs à porta.
Então o profeta disse à mulher: — Por este tempo, daqui a um ano, você terá um filho nos braços. Ela disse: — Não, meu senhor, homem de Deus, não minta para esta sua serva.
A mulher engravidou e, no ano seguinte, no tempo determinado, deu à luz um filho, como Eliseu tinha dito.
O menino cresceu e, certo dia, foi encontrar-se com o seu pai, que estava no campo com os ceifeiros.
De repente ele disse a seu pai: — Ai! A minha cabeça! A minha cabeça! Então o pai disse a um dos servos: — Leve-o para a mãe.
Ele o tomou e o levou para a mãe. O menino ficou sentado no colo dela até o meio-dia, e então morreu.
Ela subiu e o deitou sobre a cama do homem de Deus; fechou a porta e saiu.
Chamou o marido e lhe disse: — Mande-me um dos servos e uma das jumentas. Preciso ir depressa falar com o homem de Deus e voltar.
O marido perguntou: — Por que você quer falar com ele hoje? Não é dia de Festa da Lua Nova nem sábado. Ela respondeu: — Não faz mal.
Então ela mandou preparar a jumenta e disse ao servo: — Pegue as rédeas e vamos! Não diminua a marcha, a não ser quando eu disser.
E assim ela partiu e foi falar com o homem de Deus, no monte Carmelo. Ao vê-la de longe, o homem de Deus disse a Geazi, seu servo: — Veja! É a sunamita.
Corra ao seu encontro e pergunte a ela: "Vai tudo bem com você, com o seu marido, com o menino?" Ela respondeu: — Vai tudo bem.
Quando ela chegou ao homem de Deus, no monte, agarrou-se aos pés dele. Geazi se aproximou para arrancá-la, mas o homem de Deus lhe disse: — Deixe-a, porque a sua alma está em amargura, e o Senhor escondeu isso de mim; não me revelou nada a respeito.
Então a mulher disse: — Por acaso eu pedi a meu senhor algum filho? Eu não lhe disse que não me enganasse?
Então o profeta disse a Geazi: — Cinja os lombos, pegue o meu bordão e vá. Se encontrar alguém, não o cumprimente; e, se alguém cumprimentar você, não responda. Ponha o meu bordão sobre o rosto do menino.
Porém a mãe do menino disse: — Tão certo como vive o Senhor , e como você vive, não o deixarei. Então Eliseu se levantou e foi com ela.
Geazi foi adiante deles e pôs o bordão sobre o rosto do menino. Porém não houve nele voz nem sinal de vida. Então voltou para encontrar-se com Eliseu e lhe disse: — O menino não acordou.
Quando o profeta chegou à casa, eis que o menino estava morto sobre a cama.
Então ele entrou, fechou a porta e orou ao Senhor .
Subiu à cama, deitou-se sobre o menino e, pondo a sua boca sobre a boca dele, os seus olhos sobre os olhos dele e as suas mãos sobre as mãos dele, se estendeu sobre ele; e o corpo do menino aqueceu.
Eliseu se levantou e andou no quarto de um lado para outro. Tornou a subir à cama, e se estendeu sobre o menino; este espirrou sete vezes e abriu os olhos.
Então Eliseu chamou Geazi e disse: — Chame a sunamita. Ele a chamou. Quando ela chegou, Eliseu disse: — Pegue o seu filho.
Ela entrou, lançou-se aos pés de Eliseu e prostrou-se em terra; pegou o seu filho e saiu." II Reis 4:8-37
Esta mulher vivia a sua realidade, o melhor que podia. Não fazia planos "fora de pé". Conhecia as suas possibilidades, agia dentro do que tinha e se mostra uma mulher sábia, precavida e com uma sensibilidade certa para fazer o bem. A sua vida estava assim, bem organizada e debaixo do seu controle. Ela diz a Eliseu para não lhe dar uma esperança que depois não se concretiza-se, ou seja, ela tinha medo de na expectativa... ficar desiludida. Mas a verdade é que Deus superou a sua realidade e a fez viver uma expectativa. Fez esta mulher ser mãe!
Lindo!!!.
ResponderEliminar"Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria como da ciência de Deus!Quão insondáveis são os Seus juizos e quão inescrutaveis os Seus caminhos!...Porque Dele e por Ele e para Ele são todas as coisas; Glória pois a Ele eternamente.Amém!"Romanos 11.33-36.O nosso Deus não tem limites!!! 🙏
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