Deixei este tema para tratar só agora,
porque quero abordá-lo da maneira mais honesta e real que eu conseguir. Durante algum tempo
pedi a Deus que me esclarece-se acerca da submissão, eu já tinha ouvido falar
muito acerca deste assunto, já tinha
lido muito, mas não entendia onde estava a linha que separa submissão de
insubmissão. Cada vez que eu ouvia esta palavra parecia que era pouco atual,
que não fazia sentido para a minha geração moderna, onde somos mulheres
independentes e livres! Apesar de inúmeros significados desta palavra, a mim
parecia sempre no sentido de ser comandada e de perder a minha autonomia, por
outro lado, eu sabia que Deus ama as mulheres e que não as colocaria numa
posição de inferioridade, vulneráveis a abusos de autoridade por parte do seu
marido. Coloquei no google imagens, "mulher submissa" as imagens que aparecem são horríveis, mulheres maltratadas, sofridas, etc, por isso afinal parece que é um assunto que não está mesmo nada a ser tratado com realmente Deus quer que seja…infelizmente….
Mas hoje, lido muito bem com este tema e estou completamente
confortável na posição que Deus me colocou no meu casal. Para podermos falar
acerca de submissão é indispensável ler um dos textos bíblicos que nos ensinam
acerca disto: “Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus. Vós,
mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor; Porque o marido é a
cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o
salvador do corpo. De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo,
assim também as mulheres sejam em tudo estar sujeitas a seus maridos. Vós,
maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo
se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água,
pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem
ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. Assim devem os maridos
amar as suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua
mulher, ama-se a si mesmo. Porque nunca ninguém odiou a sua própria carne;
antes a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja, Porque somos
membros do seu corpo, da sua carne, e dos seus ossos. Por isso deixará o homem
seu pai e sua mãe, e se unirá a sua mulher; e serão dois numa carne. Grande é
este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja. Assim também
vós, cada um em particular, ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a
mulher reverencie o marido.” Efésios 5.21-33
Outros
são os textos que ensinam acerca do relacionamento homem e mulher mas este é o
que Deus tem usado para falar ao meu coração. Quando percorremos estes
versículos, fica claro que está a ser comparado o relacionamento marido e
esposa, com o relacionamento de Jesus Cristo com a Igreja. O grande principio
para a família está no versículo 21, que é como um titulo de tudo o que é dito
de seguida e ensinado em outros textos, “sujeitai-vos uns aos outros no temor
de Deus”. Quando cada um ocupa o lugar certo no relacionamento, tudo está
perfeito, segundo Deus o homem deve tratar a mulher como Cristo trata a Igreja
e a mulher tratar o marido como a Igreja trata a Cristo. Não é difícil de
perceber a grande revolta que existe dentro de muitas mulheres em relação ao
conselho de Deus em sujeitarem-se aos maridos, porque o problema está em que
hoje em dia também não estamos a viver na perfeita sujeição a Jesus Cristo, por
isso não sabemos a riqueza que existe nesta maneira de viver. Quando vivemos em
sujeição a Cristo estamos completamente protegidas e cheias de força para
enfrentar qualquer coisa, porque sabemos que estamos em obediência e por isso,
Jesus Cristo está connosco. E é assim que Deus planejou para nós em relação ao
nosso marido, de estarmos sujeitas a ele, para estarmos também protegidas por
eles e sabermos que podemos enfrentar qualquer coisa porque estamos em
obediência ao que Deus deseja, por isso tudo vai funcionar. Ao lerem isto,
estarão a pensar, isso é bonito mas é em sonhos cor de rosa, porque se os
maridos não estão a tratar-nos com todo esse amor, como poderemos confiar de
forma a sujeitar-nos assim? Agora sim, eu cheguei ao lugar onde queria, tudo se
resume a isto, falta de confiança da nossa parte para com os nossos maridos,
porque os nossos maridos também não protegem como Deus quer.
Apesar
de ser um texto mais longo do que o habitual, tenho de continuar, e para isso,
quero levar-vos até ao Principio de tudo, onde Deus criou o Homem e a Mulher, e
o relacionamento perfeito. Deus criou todos as coisas, depois criou o Homem e
colocou-o como governador de tudo, mas Deus quis dar ao Homem uma auxiliadora
idónea, porque Deus criou o Homem para relacionar-se. Essa auxiliadora idónea,
ocuparia o papel de ajudadora e companheira, seria idónea, que quer dizer:
capaz, que está à altura, preparada para cumprir, que é apropriada e que é
honesta e integra. Depois disto, entendemos o maravilhoso lugar que Deus nos
deu no casal, a perfeição divina estava manifesta no relacionamento
Homem/Mulher, o Homem governador e a Mulher ajudadora capaz e que estava à
altura com honestidade e integridade para junto com o Homem estarem em perfeita
união. Mas o que é que aconteceu? A serpente enganou a Mulher, levando-a a
desobedecer a um mandamento de Deus, e não somente ela como ao seu marido, a
partir daquele dia todo o relacionamento entrou no caminho contrário ao que foi
criado. A Mulher não deveria ter tomado a decisão de desobedecer, porque não
cabia a ela esse papel, o marido não deveria ter cedido, porque a ele cabia o
papel de proteger a mulher e tudo o que Deus tinha colocado em suas mãos... O que
aconteceu ali, foi o inicio de todas as linhas tortas que existem nos casais, a
mulher quis assumir o papel das decisões sozinha, tomou a decisão errada e o marido
deixou-se levar, no final sentiu-se dominado por ela, e culpou-a por isso. A
mulher por seu lado, sendo acusada, sentiu que afinal o seu governador não a
protegia e perdeu a confiança nele, e não quis mais ser auxiliadora. (Genesis 1-4)
E não é
que é isso que está por detrás das nossas inseguranças? Não confiamos, por isso
não nos sujeitamos...eles do seu lado, sentem que não são respeitados, fogem das responsabilidades e não protegem.
Em relação a eles, não posso ensinar, mas a todas que estão a ler pacientemente
este texto, devo dizer-vos, que é necessário recuperarmos a confiança nos
nossos maridos, porque quando o fizermos vamos deixar de querer comandar, vamos
saber submeter-nos e recuperarmos o nosso papel privilegiado de auxiliadoras
capazes e aptas para a grande tarefa, honestas e integras. Ao fazermos a nossa
parte, vamos ajudar os nossos maridos a assumirem também o papel deles de
protetores, porque para isso Deus nos criou, para ajudarmos os nossos maridos
a serem melhores, eficazes e excelentes naquilo que fazem. Se não soubermos
fazer isto no nosso casal é inútil pensar que estamos a conseguir fazer isto no
nosso relacionamento com Jesus (desculpem a dureza nas palavras), mas como
podemos ser submissas a Jesus que não vemos se não conseguimos ser submissas à
pessoa que Ele nos deu para estar ao nosso lado? Como esposas, se queremos ter
a certeza que estamos a agradar a Deus, devemos começar por ser no nosso casal
quem Ele deseja que sejamos! O que eu estou a dizer não é uma missão
impossível! Muitas de vocês estão a pensar que os vossos maridos não sabem ser
os governadores e protetores e por isso vocês tiveram de assumir esse papel, e
eu sei que não há nada que mais fruste uma esposa que é de sentir que tudo está
sobre ela, mas talvez seja tempo de entenderes que se calhar o teu marido não
assume o papel dele porque tu não o deixas! Não confias! Não o achas capaz!
Devolve o lugar ao teu marido, e deixa-te surpreender com aquilo que Deus vai
fazer na tua vida! Sei muito bem que existem maridos que realmente não estão
capazes de assumir totalmente tudo o que deviam, mas é muito importante que
eles não se sintam dominados pelas esposas, porque também não existe coisa pior
do que um homem sentir-se inútil, vai deixar-se levar por vícios, ou vai entrar
pelo caminho da indiferença ou até vai procurar quem lhe dê um pouco de
valor... Como auxiliadora, estamos aptas para ajudarmos, levantarmos, colocar a
mão onde o nosso marido não chega, às vezes teremos de liderar também, outras
vezes apenas estamos na retaguarda, mas em tudo, mesmo tudo, estamos a fazer
para que o nosso protetor consiga ser melhor e mais excelente. Não tenho
qualquer problema em dizer que sou muito feliz neste papel que Deus me deu,
sinto-me super importante, em nada diminuída e muito grata pela posição
privilegiada que tenho vindo a descobrir dia após dia no meu relacionamento com
o meu marido.
Não
é de um instante para o outro que os papéis voltam ao lugar, mas como mulheres
precisamos fazer tudo o que está ao nosso alcance para que isso aconteça e às
vezes é nos pequenos pormenores da vida que grandes transformações acontecem.
Cada uma de nós sabe muito bem o que pode fazer, onde deve ceder para voltar a
ter o papel que Deus lhe deu e ser realmente uma mulher realizada.
Ser
Mais Mulher é ser uma mulher submissa ao seu marido, assim como a Jesus Cristo. EP
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