quarta-feira, 3 de junho de 2015

Partilha 101 - Religião Pura não afasta, mas aproxima!

A palavra “religião” nasceu com um propósito muito definido, ser a ligação entre Deus e o Homem, que estavam afastados pela má conduta do Homem e por causa do seu egoísmo que quis ser ele mesmo a definir o seu caminho.
Se falarmos da etimologia da palavra Religião, sabemos que no latim “religio” usado na Vulgata de Jerônimo, significa “ligar novamente”, ou simplesmente “religar”, pode ser definida como um conjunto de crenças relacionadas com aquilo que parte da humanidade considera como sobrenatural, divino, sagrado e transcendental, bem como o conjunto de rituais e códigos morais que derivam dessas crenças.[1]
Esta palavra é usada muitas vezes na bandeira do orgulho de alguns, “esta é a minha religião”, outras vezes ela é a palavra que aparece no meio de uma frase e afasta o ouvinte, que tem medo que estejam a querer impingir-lhe uma ideia, e ainda, por vezes, ela é usada para definir alguma coisa que tornou as pessoas irracionais e ignorantes...Mas, visto que o termo religião é tão comummente usado, de uma maneira mais positiva ou negativa, é importantíssimo saber o seu real significado, porque o que revela ignorância é usarmos de expressões ou adquirirmos ideias que nem sabemos o que elas querem dizer, mas porque todas as pessoas dizem, então nós dizemos também! 
Se partirmos do princípio, que religião é na sua essência, religar o mundo natural com o sobrenatural, ou seja, o mundo físico com o espiritual ou mais simplesmente dizer que é ligar o Homem a Deus de novo, então percebemos que em todos os tempos e em todos os lugares,  existiu e existe no Homem um desejo de ter uma religião, porque apesar das maneiras serem diferentes, os rituais diferentes, e até os termos usados serem diferentes, desde sempre que o Homem deseja achegar-se, compreender e ter experiência com o mundo espiritual.
A grande questão não está em nós humanos, porque enquanto a religião for um esforço humano para alcançar Deus, é claro que vamos encontrar diferentes formas de o fazer e até diferentes deuses, mas quando percebemos que a verdadeira religião é aquela que o único Deus definiu como tal, não podemos encontrar diversas mas apenas uma e essa religião chama-se Jesus Cristo.
“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” João 14.6
“Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto.” Efésios 2.13
Para terminar a leitura da Carta de Tiago, reservei este pequeno versículo que para mim é como um resumo de tudo o que dissemos:
“A religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo.” Tiago 1.27
Dentro do contexto de Tiago, ninguém pode dizer que tem fé se as suas atitudes não demonstrarem essa fé, por isso quando ele fala de religião pura, ele está a falar de um caminho puro que leva a Deus, sem deturpações, que não está contaminado pelo homem, ou seja crer em Jesus Cristo. Quando temos a nossa fé em Jesus Cristo queremos ser como Ele, sabemos que o que Ele ensina é o melhor, é o mais perfeito e acabamos por experimentar a comunhão com Deus de uma forma real, espetacularmente surpreendente e cheia de tudo o que Deus tem para nós, assim viver a Religião Pura. E porque Tiago quer ensinar-nos a viver essa fé em Jesus Cristo de uma forma real, ele continua a dizer, que a religião pura é cuidar dos que estão desamparados e vivermos uma vida longe de tudo o que é mau e que pode corromper o nosso coração. Cuidar dos desamparados é fácil de perceber que é o mesmo que dizer que quem tem Jesus age como Ele age e Jesus sempre ensina a estender a mão aqueles que precisam, que estão em solidão e sem esperança. Manter-se longe da corrupção do mundo é a mesma coisa que dizer, tudo o que nos leva a agir como Jesus, devemos fazer e não o contrário, procurar manter-se longe da mentira, da falsidade, do orgulho excessivo, da altivez, incredulidade, imoralidade, da malícia e etc, etc, etc, por aí fora, tudo o que pode levar-nos a fugir do caminho de Deus.
Uma afirmação pode surgir, quando entendemos o que Tiago está a dizer, que é: “Se a Religião pura é essa então eu não preciso de frequentar nenhuma Igreja”
De um certo ponto de vista, esta afirmação é correta, mas ela é perigosa e enganosa... Na verdade, frequentar um espaço de culto, isto é, ir ouvir a verdadeira doutrina bíblica, ir a um sitio onde não se implantam opiniões pessoais mas se fala de Jesus Cristo e do que Ele ama é muito importante para a prática de uma religião pura, visto que é ali que somos ensinadas e onde partilhamos a nossa fé com outros. Se quisermos ainda aprofundar o tema, Igreja não é uma casa ou um espaço, mas são as pessoas que são a Igreja, mas uma só pessoa não é Igreja, por isso, frequentar um espaço de culto é apenas para os corajosos e sedentos de Deus, que estão dispostos a deixar-se moldar e a aprender a praticar a verdadeira Religião juntamente com outros que tenham o mesmo desejo. É verdade que às vezes, dependendo do país e do governo desse país é difícil ter esse privilégio de partilhar a fé num mesmo lugar, e para essas Deus cuida, como é lógico. Mas, o que também está a acontecer é que existem aquelas que tal qual supermulheres não precisam de estar com outros da mesma fé porque conseguem praticar a religião pura sozinhas, outras têm a ideia de que esses locais são frequentados por pessoas mais fracas, que sofreram uma “lavagem cerebral” ou então pessoas mais ignorantes que não sabem viver livremente, e ainda temos aquelas que simplesmente acham que são muito mais espirituais e não podem conviver com pessoas que erram tanto, em todos estes casos, é uma “pena”! Porque estão a perder uma grande oportunidade de viver grandes coisas com Deus.
 Terminamos Tiago a saber que Ser Mais Mulher é viver a Religião Pura, crer em Jesus Cristo como o único caminho para ter comunhão com Deus e viver uma vida refletindo essa fé através das palavras e das atitudes. EP





[1] http://www.napec.org/reflexoes-teologicas/o-verdadeiro-poder-da-religiao/

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