terça-feira, 1 de novembro de 2016

Partilha 143 - O único juiz perfeito é Jesus.


      
     "Com os problemas dos outros posso eu bem" Este é um provérbio muito usado, que refere-se à facilidade que temos em resolver os problemas alheios. Todas nós conhecemos pessoas que estão sempre à procura de situações más na vida dos outros, para poder dar a sua opinião! São examinadoras de cada passo dos amigos, dos filhos, dos vizinhos, dos pais...como se fosse o seu alimento e razão de vida! Parece que não têm vida própria. 
     A verdade é que viver desta maneira é perigoso, porque pode levar-nos a ser juízas da vida alheia...e nós não temos nem capacidade, nem dever de sermos juízas! Apenas Deus é juiz, porque Ele é o único perfeito e com autoridade para conhecer as intenções e o coração de cada pessoa. Opiniões todas temos, mas precisamos ter cuidado quando as nossas conversas e atenções estão centradas nos outros, porque na maioria das vezes é sinal de que estamos a rejeitar olhar para a nossa própria vida. 
     Um episódio que aconteceu com Jesus ensina-mos muito acerca desta matéria: 


"E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério;
E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando.E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. 
Tu, pois, que dizes? Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. 
Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra. 
E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela. 
E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra. 
Quando ouviram isto, redargüidos da consciência, saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou só Jesus e a mulher que estava no meio. 
E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? 
Ninguém te condenou? E ela disse: Ninguém, Senhor. 
E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais." Joao 8:3-11

       É incrível como as acusações quando feitas por maldade, têm sempre uma meia verdade! Se era verdade que aquela mulher tinha sido apanhada em adultério e que a lei falava em punição, também era verdade que nenhuma mulher comete adultério sozinha...onde estava o homem que também era culpado? Mas aqueles homens não estavam preocupados com o pecado que tinha sido cometido ou com a justiça, o que eles queriam mesmo era que Jesus se torna-se igual a eles, fazendo um juízo apenas por aparência e parcial! Mas Jesus resolveu aquela situação levando os acusadores a olharem para si mesmos e perceberem se estavam com autoridade para julgar aquela mulher ou não! 
       No final, aqueles homens ao encararem a verdade pessoal, ou seja em que ponto eles estavam, retiraram-se dali. Jesus pediu à mulher que não voltasse a pecar, porque realmente o que ela tinha feito não era bom, mas ensinou-a também que os homens quando se comparam uns com os outros podem até achar-se uns melhores do que os outros, mas quando se comparam a Deus percebem que todos estão no mesmo nível. 
       Assim aprendemos todas, que quando estamos a falar muito das falhas dos outros, quer dizer que estamos a retirar as atenções para nós mesmas! Queremos que reparem nos outros e os julguem, e assim não olham para as nossas falhas. Apontar os outros revela que estamos cheias de culpas e falhas, que não queremos que ninguém note, por isso não queremos chamar a atenção para nós.
       Mas, o que Jesus nos ensina é a olharmos para a nossa condição e nunca esquecermos dela, assim o nosso olhar de juízo vai transformar-se compaixão ou em vergonha. Quando as nossas intenções e acções, são motivadas pelo amor, nós não julgamos a partir de um ponto de vista superior, mas pedimos a Deus que tome conta da situação, e se Ele quiser usar a nossa vida para ajudar alguém, Ele mesmo vai proporcionar a ocasião! 
      Mais uma vez cuidado! Porque o que Jesus realmente condena é a incapacidade de amar. 
      Ser Mais Mulher é nunca perder a consciência de quem é, não faz julgamento precipitados e prejudiciais aos outros. Cuida em primeiro lugar de si mesma, e quando tem de cuidar dos outros, pede a Deus que a encha do Seu amor perfeito. EP
       
        

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